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domingo, 30 de outubro de 2011

Quem escreveu as leis da natureza?

"Talvez o mais popular e intuitivamente plausível argumento pela existência de Deus é o assim chamado argumento do desígnio. De acordo com ele, o desígnio que se vê na natureza sugere a existência de um Planejador cósmico. Tenho freqüentemente dito que esse é de fato um argumento "da ordem para o desígnio", porque tais argumentos procedem da ordem percebida na natureza para mostrar a evidência de um plano e, assim, de um Planejador.

Embora eu já tenha sido um ferrenho crítico do argumento do desígnio, passei a ver que, quando corretamente formulado, ele constitui uma defesa persuasiva da existência de Deus. Avanços em duas áreas em particular levaram-me a essa conclusão. A primeira é a questão da origem das leis da natureza e as idéias, a isso relacionadas, de importantes cientistas modernos. A segunda é a questão da origem da vida e a reprodução. O que quero dizer quando falo das leis da natureza? Por "lei", eu me refiro à regularidade ou simetria na natureza. Alguns exemplos, tirados de livros didáticos, podem ilustrar o que digo: A lei de Boyle estipula que, dada uma temperatura constante, o produto do volume e da pressão de uma quantidade fixa de um gás ideal é constante.

De acordo com a primeira lei do movimento de Newton, um objeto em repouso permanecerá em repouso a menos que uma força externa atue sobre ele, e um objeto em movimento permanecerá em movimento a menos que uma força externa atue sobre ele.

De acordo com a lei de conservação da energia, a quantidade total de energia em um sistema isolado permanece constante. O mais importante não é o fato de haver essas regularidades na natureza, mas sim que elas são matematicamente precisas, universais e interligadas. Einstein referiu-se a elas como "a razão encarnada". O que devemos perguntar é o que fez a natureza surgir do jeito que é. Essa, sem dúvida, é a pergunta que os cientistas, de Newton a Einstein e a Heisenberg, fizeram e para a qual encontraram a resposta. Essa resposta foi: a Mente de Deus.

Esse modo de pensar não é encontrado apenas nos conhecidos cientistas teístas pré-modernos, como Isaac Newton e James Maxwell. Pelo contrário, muitos importantes cientistas da era moderna consideram as leis da natureza pensamentos da Mente de Deus. Stephen Hawking termina seu best seller Uma breve história do tempo com a seguinte passagem: ‘ Se descobrirmos uma teoria completa, ela terá de ser compreendida por todas as pessoas, não apenas por alguns cientistas. Então nós todos, filósofos, cientistas e pessoas comuns, devemos ser capazes de participar da discussão sobre o motivo de nós e o universo existirmos. Se encontrarmos a resposta, esse será o supremo triunfo da razão humana, porque, então, conheceremos a mente de Deus.’

Mesmo que haja uma única, unificada teoria, ela será apenas um conjunto de regras e equações. Pergunto: o que dá vida às equações e cria um universo para que elas o descrevam?

Hawking disse mais sobre isso em entrevistas posteriores. "O que causa maior impressão é a ordem. Quanto mais descobrimos sobre o universo, mais vemos que ele é governado por leis racionais." "E uma pergunta continua: por que o universo dá-se ao trabalho de existir? Se quiserem, vocês podem definir Deus como a
resposta para essa pergunta."

Einstein expressamente negava ser ateísta ou panteísta: Não sou ateísta, e não acho que posso me chamar de panteísta. Estamos na situação de uma criança que entra em uma enorme biblioteca cheia de livros escritos em muitas línguas. A criança sabe que alguém escrevera aqueles livros, mas não sabe como. Não entende os idiomas nos quais eles foram escritos. Suspeita vagamente que os livros estão arranjados em uma ordem misteriosa, que ela não compreende. Isso, me parece, é a atitude dos seres humanos, até dos mais inteligentes, em relação a Deus. Vemos o universo maravilhosamente arranjado e obedecendo a certas leis, mas compreendemos essas leis apenas vagamente. Nossa mente limitada capta a força misteriosa que move as constelações. (Grifo acrescentado.)

Einstein sustentava que Deus se manifesta "nas leis do universo como um espírito

infinitamente superior ao espírito do homem, diante do qual nós, com nossos modestos poderes, devemos nos sentir humildes". Einstein concordava com Spinoza na idéia de que quem conhece a natureza conhece Deus, não porque a natureza seja Deus, mas porque a busca da ciência, estudando a natureza, leva à religião."

Fonte: FLEW, Antony com BARGHESE, Abraham. Um ateo garante: Deus existe. As provas incontestáveis de um filósofo que não acreditava em nada. O original: How the world's most notorious atheist changed his

mind. Editora Ediouro, Rio de Janeiro, 2008.